Os métodos contracetivos existentes no mercado são muitos, mas as dúvidas e os mitos que rodeiam este assunto também. O Viral dedica toda a semana ao tema para saber quais as respostas da ciência às principais questões das mulheres.

O implante contracetivo é colocado no braço por um médico e tem a duração de três anos. No entanto este processo de aplicação levanta algumas dúvidas. Uma delas tem a ver com a aplicação: aplicar debaixo da pele causa dor? E pode causar infeções?

Não. A colocação do implante no braço não provoca dor e não há risco de se desenvolver uma infeção no local. Alexandra Matias, assistente graduada no departamento de ginecologia e obstetrícia do Hospital de São João e professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, explica ao Viral que “colocar [o implante] é como fazer uma injeção com uma agulha um pouco mais grossa” que liberta o dispositivo numa região subcutânea.

“A mulher não sente o implante, não a chateia, não magoa e não dói a colocar”, prossegue a médica admitindo que é possível utilizar uma anestesia local antes da colocação.

Com base na sua experiência, Alexandra Matias conta que a única situação que identificou durante a colocação do implante foi o aparecimento de um hematoma no local da injeção, sublinhando que se trata de “uma coisa raríssima”. “Podemos apanharmos um pequeno vaso [sanguíneo] e deixar um hematoma no braço, mas fazendo pressão, este deixa de sangrar e regride. Mas só me aconteceu uma vez”, conta ao Viral.

“Para o tirar é que é preciso fazer uma pequena incisão”, acrescenta, referindo que o corte poderá ter cerca de dois milímetros. Neste processo é utilizada uma anestesia local para evitar que a paciente sinta dor. A especialista destaca que a variação de peso pode ter implicações no procedimento para retirar o implante: “Se a mulher engordar, o implante fica como que submerso na gordura e é mais difícil tirar o implante. Se emagrecer, este fica mais superficial e sente-se mais facilmente”, afirma.

Sendo um contracetivo de longa duração, o implante deverá ficar alojado no braço durante o período de três anos. Nesse período é libertado de forma continuada e gradual o componente ativo – o progestativo – que atua ao nível do útero, bloqueando a ovulação e tornando mais espesso o muco cervical, o que dificulta a entrada dos espermatozóides no útero.

Existem vários tipos de métodos contracetivos atualmente no mercado. Todos partilham o objetivo principal de evitar a gravidez, mas cada um tem o seu próprio modo de atuação. Para perceber qual o método contracetivo que melhor se adequa a si, deverá procurar aconselhamento junto de um profissional de saúde especializado.